Neste ano, Naldo (com "Gol - Faz a Massa Delirar"), MC Guimê ("País do
Futebol") e até a cantora gospel Fernanda Brum ("Gigante do Amor")
lançaram músicas inspiradas na competição, enquanto Seu Jorge (com
"Arena Brasileira") e Gaby Amarantos ("Todo Mundo") lançaram canções com
o patrocínio de grandes marcas.
Não adianta a Fifa determinar qual é o hino oficial da Copa do Mundo. Se a torcida não se animar com o refrão e não sentir vontade de colocar os braços para o alto com a batida, a canção será um mero título, sem realmente traduzir a alma do evento. Cantada por Pitbull, Jennifer Lopez e Claudia Leitte, "We Are One" foi vendida como o grande hit da Copa no Brasil, mas até agora não empolgou os torcedores.
Outras faixas que não falam de futebol, como "Lepo Lepo", do Psirico (que integra o disco oficial da Fifa) e "Beijinho no Ombro", de Valesca Popozuda, também estão na corrida para o posto do grande tema da Copa -- afinal, não é difícil imaginar o jogador mandar "o recalque passar longe" ou mexer as mãos, como no refrão da canção de Márcio Victor, depois de um golaço.
Na Alemanha, em 2006, "The Time of Our Lives", defendida por Toni Braxton e Il Divo, tocou menos que o sucesso de Shakira com Wycleaf Jean, "Hips Don't Lie". No Brasil, há quem se lembre mais de uma canção escrita por Jairzinho Oliveira para a ocasião: "Quero Mais Uma Estrela".
Com o passar do tempo, a Fifa percebeu que as canções precisavam ser radiofônicas, para cima, dançantes. Na África do Sul, em 2010, chamou Shakira para cantar "Waka Waka". Deu certo, mas, mesmo assim, a canção patrocinada por uma famosa marca de refrigerantes, "Wavin' Flag", defendida pelo africano K'naan, fez a cabeça dos torcedores.