O refeitório, onde seriam servidas 2,8 mil refeições no almoço, está fechado devido à greve de servidores da instituição, iniciada na segunda-feira (17) nos campi de São Carlos, Araras e Sorocaba (SP). A categoria cobra racionalização dos cargos, revisão do reposicionamento de aposentados, além do fim da terceirização de serviços. A UFSCar não comentou a paralisação.
Mais de 1,2 mil alunos bolsistas deveriam comer de graça no restaurante universitário, mas estão recebendo os alimentos para serem preparados por conta própria. As 1,6 mil refeições do jantar também não serão fornecidas. Os alunos se sentem prejudicados. “Quem fica o período integral tem dificuldade para comer, porque tem que voltar pra casa, depende de ônibus, às vezes o transporte atrasa, chega tarde na aula”, afirmou a estudante de pedagogia Beatriz Baccarin.
Na Unidade Saúde Escola (USE) os atendimentos estão ocorrendo normalmente, por enquanto. Na sexta-feira (21) uma reunião vai definir se os servidores da unidade também vão aderir à greve. Na parte administrativa, apenas a folha de pagamento está funcionando. Professores dão aulas normalmente.
Não é a primeira vez que a estudante de engenharia de materiais Gisele Machado da Silva passa por essa situação. “Entrei em 2010 e no primeiro ano não teve greve, mas a partir de 2011 já tiveram algumas greves, sim”, contou.
A categoria pede também a chamada democratização da universidade porque, segundo os servidores, há uma representatividade desigual nas comissões da instituição. "Os professores são maioria em todas as comissões, então tudo acaba sendo definido só por eles", afirmou o coordenador do SintUFSCar.
