Em dez anos, o índice cresceu 26%, segundo levantamento da Secretaria Estadual de Saúde. Enquanto em 2001 foram registrados 253 casos, em 2011 foram 318 novas ocorrências.
A confiança na fidelidade do parceiro é um fator de risco, avaliou Bartolomeu Rodrigues, vice-presidente de uma instituição que cuida de pessoas soropositivas e que atualmente atende a dois idosos que contraíram o vírus. “Às vezes, tem casais que estão juntos, mas transmitem. Temos um paciente que pegou do namorado e depois que descobriu o parceiro foi embora”, relatou.
Casados há oito anos, Manoel Pedro disse que usou preservativo somente no início do relacionamento e que agora não precisa mais devido à confiança que tem na mulher. "Eu não tenho medo porque a gente só pratica o sexo dentro do casamento, a gente não procura lá fora. Já conhece a parceira que tem", relatou.
Arnoldo Pires e Yolanda Oliveira Pires são casados há 40 anos e dizem que, com o tempo, a vida a dois ficou bem melhor. “A gente ainda 'namora' e aproveitamos muito mais agora porque os filhos já saíram e estamos sozinhos em casa", disse aposentada.
Já aposentada Maria de Lurdes Ferreira ainda mantém a prevenção na rotina do relacionamento que começou há três anos. “Eu sempre pedi para ele usar preservativos. Agora fazemos exames para ver se estamos bem”, disse.